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A Associação dos Arqueólogos Portugueses é a mais antiga associação de defesa do património em Portugal e tutela o Museu Arqueológico do Carmo, o primeiro museu de Arte e Arqueologia do país. Foi fundada em 1863, com o nome de Associação dos Architectos Civis Portugueses, por Joaquim Possidónio Narciso da Silva, a cujos destinos presidiu até 1896, ano em que faleceu, com mais sete arquitectos (João Pires da Fonte, José da Costa Sequeira, Feliciano de Sousa Correia, Manuel José de Oliveira da Cruz, Paulo José Ferreira da Costa, Veríssimo José da Costa e Valentim José Correia). Começou por ser uma associação de carácter profissional, mas depressa admitiu no seu seio os Arqueólogos, passando a intitular-se Real Associação dos Architectos Civis e Archeólogos Portugueses. Em 1911, após a saída dos arquitectos, que em 1902 haviam fundado a Sociedade dos Arquitectos Portugueses, e a implantação da República, adoptou a sua actual designação.

​Ao longo da sua rica história, a Associação dos Arqueólogos Portugueses foi o ponto de encontro dos mais ilustres arqueólogos do país. Ao fundador sucedeu, como presidente, em 1896 o Conde de S. Januário, Par do Reino, Governador da Índia, Macau e Timor, e Ministro Plenipotenciário na China, Japão e Reino de Sião (actual Tailândia). Carlos Ribeiro, Estácio da Veiga, Martins Sarmento, Gabriel Pereira, Leite de Vasconcelos, Alexandre Herculano ou Júlio de Castilho são nomes que marcaram o primeiro meio século de vida da associação, que gozou de imenso prestígio entre o final da Monarquia Constitucional e o Estado Novo. Na década de 60, sob a presidência de Fernando de Almeida, assistiu-se a uma revitalização da vida associativa, abrindo-se as suas portas às novas gerações de arqueólogos e celebrando-se uma série de Jornadas Arqueológicas, linha de actuação mantida pelo seu sucessor, Eduardo da Cunha Serrão.

O Museu Arqueológico do Carmo foi encerrado em 1995 para que se construíssem novas linhas do Metropolitano de Lisboa. A ocasião foi aproveitada para proceder a uma total reformulação do espaço museológico, a qual decorreu em paralelo com um novo impulso dado à actividade associativa. Desde há, sensivelmente, uma década que as secções de Pré-História e de História têm promovido palestras, encontros, debates e congressos sobre os mais variados temas da investigação actual. Também as comissões de Heráldica e de Estudos Olissiponenses têm contribuído para o desenvolvimento dos conhecimentos nas respectivas áreas. A Direcção e o Museu Arqueológico do Carmo têm sido outras faces visíveis de actuação, editando-se anualmente a Revista Arqueologia e História, para além de um significativo conjunto de iniciativas, onde se destaca a Festa da Arqueologia, serviços e publicações sobre o Museu.

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