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Arqueologia em Portugal: 2023 - Estado da Questão

2. Proto-História

 

2.1 DINÂMICAS DE POVOAMENTO DURANTE A IDADE DO BRONZE NO CENTRO DA ESTREMADURA PORTUGUESA: O LITORAL ATLÂNTICO ENTRE AS SERRAS D’AIRES E CANDEEIROS E DE MONTEJUNTO
Pedro Caria

O projecto de doutoramento aqui apresentado, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, visa sistematizar os dados arqueológicos relativos à Idade do Bronze para a região central da Estremadura, de modo a compreender os processos históricos e as respectivas sub-fases da ocupação humana. Em termos metodológicos, será necessário rever os espólios existentes e informações contextuais associadas. A incorporação de novos dados será obtida através de prospeções, revisitando e relocalizando os sítios conhecidos, assim como zonas que constituem vazios no quadro do povoamento deste período. Serão aplicadas novas metodologias, concretamente a utilização de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), que permitam desenvolver leituras paisagísticas articulando os núcleos de ocupação com os recursos e as vias naturais de comunicação.

 

2.2 NOVOS DADOS SOBRE OS POVOADOS DO BRONZE FINAL DOS CASTELOS (BEJA) E LAÇO (SERPA) NO ÂMBITO DO PROJETO ODYSSEY. CONTRIBUTOS A PARTIR DE UM LEVANTAMENTO DRONE-LIDAR
Miguel Serra / João Fonte / Tiago do Pereiro / Rita Dias / João Hipólito / António Neves / Luís Gonçalves Seco

Os sítios dos Castelos (Beja) e Laço (Serpa) integram uma rede de povoamento do Bronze Final, composta por vários povoados fortificados nas margens do Rio Guadiana e outros tipos de povoados na envolvente. As suas plantas e áreas de ocupação encontravam-se escassamente documentadas, resumindo-se à identificação de alguns troços de muralhas e à recolha de materiais de superfície. O Odyssey Sensing Project (Alg-01-0247-Feder-070150 – https://odyssey. pt/), desenvolvido pela Era Arqueologia, S.A. em parceria com as Universidades de Aveiro e da Maia, efetuou levantamentos microtopográficos de alta-resolução em ambos sítios através de drone com sensor LiDAR. Os trabalhos permitiram definir as plantas das muralhas e rever as áreas de ambos os sítios, com os Castelos a assumir uma extensão e complexidade surpreendente, face ao conhecimento sobre outros povoados da região.

 

2.3 METAIS DO BRONZE FINAL NO OCIDENTE IBÉRICO. O CASO DOS MACHADOS DE ALVADO A SUL DO RIO TEJO
Marta Gomes / Carlo Bottaini / Miguel Serra / Raquel Vilaça

No presente estudo analisamos nove machados de alvado procedentes do território a sul do rio Tejo, sendo na sua maioria machados com duas argolas. Este texto tem como base interpretativa um conjunto de dados empíricos aos quais se junta um quadro de análises químicas a que foram submetidos alguns destes artefactos. Estes materiais, infelizmente, carecem de um contexto específico, limitando o enquadramento arqueológico e contextual dos mesmos. Porém, com o cruzamento dos dados de natureza arqueológica e das análises realizadas, pretendemos valorizar este conjunto material no quadro das dinâmicas das sociedades humanas que viveram a sul do Tejo nos finais da Idade do Bronze, contribuindo assim para o conhecimento acerca destas mesmas, cuja informação é ainda insuficiente.

 

2.4 DOIS SÍTIOS, UM PONTO DE SITUAÇÃO. PRIMEIROS RESULTADOS DOS TRABALHOS NOS CASTROS DE UL E RECAREI EM 2022
João Tiago Tavares / Adriaan de Man

Este artigo pretende apresentar os resultados preliminares dos trabalhos realizados nos Castros de Ul e Recarei, Oliveira de Azeméis, em 2022. No Castro de Ul, o espólio recolhido foi pouco numeroso, e surgiu em camadas que cobriam um conjunto de estruturas, relacionadas com a proteção do povoado, que foram exumadas durante a escavação. Estas parecem estar, sobretudo, relacionadas com a última fase de ocupação do povoado, nos séculos III e IV d.C. No Castro de Recarei o espólio recolhido foi bastante numeroso, e parece sugerir dois momentos de ocupação, correspondentes ao Bronze Final e Idade do Ferro. A ausência de construções em pedra sugere a utilização de estruturas perecíveis, cujos negativos identificados em escavação serão o testemunho que subsistiu da sua ocupação.

 

2.5 REFLEXÕES ACERCA DOS ASPETOS TÉCNICOS E TECNOLÓGICOS DOS ARTEFACTOS DE FERRO DO BRONZE FINAL / FERRO INICIAL NO TERRITÓRIO PORTUGUÊS
Pedro Baptista / Ralph Araque Gonzalez / Bastian Asmus / Alexander Richter

Reavaliam-se neste trabalho as quatro metalografias atualmente disponíveis para artefactos de ferro atribuídos ao Bronze Final ou à transição para o Ferro Inicial na Península Ibérica, comentando aspetos relacionados com a sua cadeia operatória e propriedades físicas através de uma perspetiva interdisciplinar, cruzando contributos da arqueologia, arqueometalurgia e ciências dos materiais. Desta reavaliação, apesar do carácter incipiente da metalurgia destes primeiros ferros, assinalam-se vários indicadores diretos e indiretos do reconhecimento das suas potencialidades físicas que se mostram perfeitamente adequadas à função para a qual foram produzidos. Conclui-se com a necessidade de prosseguir com esta linha de investigação, alertando para a importância da realização de análises metalográficas sob pena de perder um vasto manancial informativo devido à corrosão destes materiais.

 

2.6 RESUMO DE RESULTADOS DO PROJETO IBERIANTIN (2018-22) E RESULTADOS INICIAIS DO PROJETO GOLD.PT (2023-)
Elin Figueiredo / João Fonte / Emmanuelle Meunier / Sofia Serrano / Alexandra Rodrigues

O presente trabalho efetua um breve resumo sobre algumas atividades e resultados obtidos no âmbito de dois projetos de investigação, IberianTin e Gold. PT, parcialmente financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT-MCTES), que incidem sobre mineração e metalurgia do estanho, bronze, ouro e prata no Oeste Peninsular durante a Proto-história. Foram investigados vários sítios arqueológicos e geológicos do território nacional e galego (Espanha), bem como coleções geológicas e metalúrgicas de vários museus. Foram também consultadas várias bases documentais, entre as quais se destacam os registos mineiros. Os projectos pretendem contribuir para bases mais sólidas sobre os processos metalúrgicos antigos, nomeadamente da Idade do Bronze e da Idade do Ferro, e a sua relação com recursos territoriais e economias antigas.

 

2.7 À VOLTA DA PEDRA FORMOSA. ESTUDO DO BALNEÁRIO ESTE DA CITÂNIA DE BRITEIROS
Gonçalo Cruz

Depois de um registo preliminar dos elementos visíveis realizado em 2006, a estrutura conhecida como Balneário Este da Citânia de Briteiros (Guimarães) identificado primeiramente em 1932, foi alvo de trabalhos arqueológicos nas campanhas de 2016 e 2018, que permitiram o registo dos elementos conservados, bem como da estratigrafia associada à sua edificação, abandono e posterior saque. Foram registados dois contextos distintos de destruição, coincidindo o primeiro com um saque que terá ocorrido na Idade Moderna, e o segundo com o momento da construção da Estrada Nacional 309, na década de 1930. A associação deste edifício à mítica Pedra Formosa de Briteiros, recolhida há mais de trezentos anos no sítio arqueológico, remonta ao primeiro registo de Mário Cardozo, efetuado pouco depois da segunda destruição parcial do edifício de banhos. Partindo desta ideia, serão apresentados os dados documentais e arqueológicos que possibilitam essa associação, bem como uma interpretação atualizada dos vestígios do Balneário Este, que foram, entretanto, alvo de medidas de conservação.

 

2.8 INTERCÂMBIO NO PRIMEIRO MILÉNIO A.C., NO LITORAL, ENTRE OS ESTUÁRIOS DOS RIOS CÁVADO E AVE
Nuno Oliveira

Neste artigo aborda-se a temática dos contactos suprarregionais existentes entre as populações da faixa costeira entre o Cávado e Ave, através da diversidade dos materiais exógenos, e de como esses contatos podem ter-se constituído como mais um fator para explicar as estratégias de povoamento em determinados períodos ou casos. Para o desenvolvimento deste artigo foram estudadas coleções de materiais de vários povoados considerados nessa área, como a intervisibilidade entre povoados, genericamente contemporâneos e chegou-se à conclusão que há estratégias de povoamento, em rede, nos diferentes estuários que possibilitaram o controlo das rotas marítimas e uma maior facilidade na receção de materiais e ideias exógenas. A transmissão de itens e costumes para o interior, ter-se-á dado através do intercâmbio local.

 

2.9 CASTRO DE GUIFÕES: ELEMENTOS PARA A RECONSTITUIÇÃO PALEOGEOGRÁFICA E COMPREENSÃO DA OCUPAÇÃO ANTIGA DO SÍTIO
Andreia Arezes / Miguel Almeida / Alberto Gomes / José Varela / Nuno Ramos / André Ferreira / Manuel Sá

Documentada desde meados do I milénio a.C., a ocupação do Castro de Guifões estendia-se até ao antigo estuário do Leça, onde o PIPA GUIFARQ tem procurado clarificar a importância da relação do sítio com o rio e com o Atlântico, atestada pelos materiais arqueológicos e descrita em fontes historiográficas. Um programa de investigação na intercepção da Arqueologia com a Geomorfologia fluvial contribui para a compreensão da envolvente ambiental daquela ocupação através da modelização digital da área, inspecções geofísicas não-intrusivas e ensaios geotécnicos intrusivos para caracterização geométrica e arquitectural da sequência sedimentar aluvial que bordeja as estruturas arqueológicas na base da vertente. Os primeiros resultados demonstram a extensão da área edificada para Sul e indiciam diferenças consequentes na configuração deste sector recuado do estuário na época da ocupação antiga.

 

2.10 O CASTRO DA MADALENA (VILA NOVA DE GAIA) NO QUADRO DA OCUPAÇÃO PROTO-HISTÓRICA DA MARGEM ESQUERDA DO DOURO
Edite Martins de Sá / António Manuel S.P. Silva

O Castro da Madalena, em Vila Nova de Gaia, é um povoado atlântico de reduzidas dimensões e com implantação privilegiada, próximo da orla costeira. As intervenções arqueológicas realizadas desde 2020 colocaram a descoberto diversas estruturas habitacionais de planta circular. Constatam-se elementos comuns na edificação destas arquiteturas, quer na sua configuração, quer na matéria-prima utilizada, predominando o recurso a materiais construtivos como a argila, saibro, elementos vegetais e, esporadicamente, à pedra, cuja articulação e planeamento construtivo cuidado lhes conferiu robustez e consistência. O espólio é constituído, na sua larga maioria, por cerâmica indígena da segunda Idade do Ferro. Sintetizando os dados das escavações arqueológicas, ensaia-se ainda a sua integração nos ritmos de ocupação no panorama da designada «cultura castreja» na margem esquerda do rio Douro.

 

2.11 UMA CABANA COM VISTA PARA O RIO, NO SABUGAL DA IDADE DO FERRO
Inês Soares / Paulo Pernadas / Marcos Osório

No centro histórico do Sabugal, no decorrer de uma intervenção arqueológica identificou-se uma cabana da Idade do Ferro. Corresponde a uma unidade doméstica, de contorno ovalado, composta por um pavimento de argila calcinada, buracos de poste, sulco de fundação e área de combustão, disposta a sul na ladeira do rio Côa. A variedade de elementos identificados nesta intervenção, reúne significados sociais e técnicos, de acordo com as ações individuais/coletivas, num tempo/espaço de um complexo mosaico social, físico e económico no decorrer da Idade do Ferro. Deste modo, pretendemos compreender os diferentes sentidos da cabana, socialmente produzida e socialmente utilizada, no seu ciclo de vida, recipiente de práticas, formas e usos, até à sua identificação no âmbito da escavação arqueológica.

 

2.12 CERCA DO CASTELO DE CHÃO DO TRIGO (S. PEDRO DO ESTEVAL, PROENÇA-A-NOVA): RESULTADOS DE TRÊS CAMPANHAS DE ESCAVAÇÕES (2017-2019)
Paulo Félix

Apresentamos os resultados preliminares de três campanhas de escavações que decorreram no povoado fortificado da Segunda Idade do Ferro da Cerca do Castelo de Chão do Trigo. Este local de povoamento situa-se num meandro da ribeira do Estevês, tributária da margem direita do rio Ocreza, no concelho de Proença-a-Nova. Apesar da profunda destruição provocada pelas surribas realizadas nos últimos cem anos, são ainda distinguíveis restos de muralhas sobrepostas por estruturas murárias atuais. Nos trabalhos de escavação pudemos registar duas linhas de fortificação, bem como um paramento retilíneo que deverá corresponder a uma estrutura habitacional. Entre os materiais recuperados, avultam as formas de cerâmica comum características deste período, de recipientes com colo estreito e baixo e bordos muito salientes.

 

2.13 INSTRUMENTOS E ARTES DE PESCA NO SÍTIO PROTO-HISTÓRICO DE SANTA OLAIA (FIGUEIRA DA FOZ)
Sara Almeida / Raquel Vilaça / Isabel Pereira

Pelo perfil cultural e histórico de intervenções, Santa Olaia é uma das estações proto-históricas de referência no litoral atlântico. A natureza estuarina proporciona relevantes recursos alimentares, com reflexo no registo arqueológico, sendo, contudo, esta uma matéria ainda não explorada. Assim, este trabalho centra-se nos vestígios ligados à pesca, nomeadamente no corpus instrumental pesqueiro recuperado nas diversas escavações. Do acervo, destacam-se peças que evocam tradições pesqueiras ancestrais, juntamente com outras ligadas à presença fenícia – marcas da genética cultural do sítio e do seu impacto regional. A dispersão dos artefactos é igualmente sugestiva dos contextos deposicionais, sendo de destacar os indícios da reparação de redes junto à porta da muralha e a possível amortização ritual de pesos no topo da colina.

 

2.14 SOBRE A INFLUÊNCIA DA CERÂMICA GREGA NAS PRODUÇÕES DE CERÂMICA CINZENTA DO ESTUÁRIO DO TEJO: UM VASO EMBLEMÁTICO ENCONTRADO NAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS DO LARGO DE SANTA CRUZ (LISBOA)
Elisa de Sousa / Sandra Guerra / João Pimenta / Roshan Paladugu

Recentes intervenções arqueológicas efectuadas no topo da colina do Castelo de São Jorge, em Lisboa, permitiram recuperar um conjunto significativo de materiais associados à ocupação da segunda metade do 1º milénio a.C. Entre estes, foi identificada uma peça particular, produzida em cerâmica cinzenta, que parece estar inspirada em modelos de cerâmica ática de figuras vermelhas, mais concretamente nos krateres de sino, que chegam ao território português durante a 1ª metade do século IV a.C. Trata-se de uma evidência singular no registo artefactual pré-romano do Baixo Tejo, ainda que a influência dos protótipos gregos já tenha sido identificada em outras morfologias nesta região centro atlântica. Salienta-se ainda a presença, na superfície interna do recipiente, de um revestimento à base de calcite, provavelmente destinado à sua impermeabilização, sendo um elemento relevante para discutir a sua funcionalidade.

 

2.15 TO BUY FINE THINGS: TRABALHOS E PERSPECTIVAS RECENTES SOBRE O CONSUMO DE IMPORTAÇÕES MEDITERRÂNEAS NO SUL DE PORTUGAL DURANTE O I MILÉNIO A.N.E.
Francisco B. Gomes

Nos últimos anos, o projecto Made in the Mediterranean tem vindo a sistematizar as importações mediterrâneas documentadas na Idade do Ferro do Sul de Portugal. Neste contexto, tem-se prestado particular atenção a elementos tradicionalmente menos estudados, com destaque para os objectos de adorno em vidro, faiança, cornalina e âmbar, aos recipientes de substâncias aromáticas e, mais recentemente, às evidências indirectas de produtos têxteis. A presente contribuição oferece uma síntese dos principais trabalhos realizados no contexto deste projecto, bem como de outros desenvolvimentos relevantes no estudo dessas categorias artefactuais ocorridos nos últimos anos. Pretende-se assim estabelecer um breve estado da arte, bem como apontar vias prioritárias de investigação no futuro.

 

2.16 ARQUITETURAS ORIENTAIS EM TERRA NA FRONTEIRA ATLÂNTICA: NOVAS ABORDAGENS DO PROJETO #BUILDINGINNEWLANDS
Marta Lorenzon / Benjamín Cutillas-Victoria / Elisa Sousa / Ana Olaio / Sara Almeida / Sandra Guerra

A presente contribuição apresenta os objetivos do projeto “Building in New Lands: Phoenician sustainable architecture and environmental adaptation along the Mediterranean Sea”. Através deste projeto pretende-se estudar os modos de relação cultural e de interação com o ambiente entre comunidades fenícias na primeira metade do 1º milénio a.C., tendo como base análise de materiais de construção em terra. Neste sentido, foram seleccionados vários sítios com uma presença ou significativa influência fenícia em Portugal para, através de uma metodologia interdisciplinar, analisar estes materiais de construção e explorar questões importantes relacionadas com a aquisição de matérias-primas, opções de fabrico, tecnologia, organização do trabalho e evolução arquitetónica em diferentes ambientes mediterrânicos ligados pela mesma tradição.

 

2.17 FRUTOS, CULTIVOS E MADEIRA NO CASTRO DE ALVARELHOS: A ARQUEOBOTÂNICA DO PROJETO CAESAR
Catarina Sousa / Filipe Vaz / Daniela Ferreira / Rui Morais / Rui Centeno / João Tereso

Três campanhas arqueológicas no Castro de Alvarelhos (Trofa) realizadas entre 2020 e 2022 no âmbito do projeto CAESAR, permitiram a identificação de vários contextos de ocupação e estruturas domésticas datadas de entre o séc. II a.C. e os sécs. IV-V d.C. Foram recolhidas amostras sedimentares para análise arqueobotânica no CIBIO-BIOPOLIS. Neste estudo identificaram-se vários cultivos, entre os quais centeio, milho-miúdo, mas também evidências de frutos silvestres como amoras e camarinha. Relativamente à madeira carbonizada analisada, os resultados revelaram um conjunto pouco diverso de espécies no qual se destacaram carvalhos de folha caducifólio, três tipos giestas, amieiros castanheiros, aveleiras e freixos. Os resultados obtidos irão ser apresentados no contexto das dinâmicas económicas e paleoambientais conhecidas na região, partindo de estudos análogos.