Apresenta -se a concretização do projecto de valorização educativa e pa-trimonial do sítio paleolítico da Foz do Enxarrique, junto ao rio tejo, no con-celho de Vila velha de Ródão, que mereceu “menção honrosa” na 6ª edição do Prémio Ibero -Americano de Educação e Museus, tanto do ponto de vista arquitectónico como do ponto de vista de programa de conteúdo educativos. Projecta -se uma segunda fase, que passará pela escavação e conservação in loco de uma área de cerca de 20 metros quadrados do horizonte arqueológico. Aborda -se ainda a problemática da interacção deste sítio com a sua envolvente na frente ribeirinha do Tejo na região, dando lugar à construção do conceito de paisagem cultural visitável, que tem vindo a ser desenvolvido pelo segundo dos autores.
O presente projeto (2016 -2019) visa o estudo do património histórico--arqueológico vouzelense. Encontra -se estruturado em quatro eixos de inves-tigação – levantamento toponímico e documental, prospeção arqueológica, estudo de materiais conservados em museus, e escavação de sítios seleciona-dos – que produzirão os conhecimentos científicos necessários para a valori-zação futura daquele património. O território é tratado diacronicamente, des-de a Pré -História (o megalitismo em particular) à Idade Média, incluindo os vestígios de mineração até épocas mais recentes. Como resultado final, obter--se -ão não apenas as bases programáticas daquele projeto de valorização, mas também um inventário detalhado do património, permitindo a atualização e aprofundamento da carta arqueológica já existente, com dados inéditos e ou-tros que se encontram por ora dispersos.
Neste texto pretendemos delinear o panorama da história da investiga-ção no Castro de Guifões. Pretendemos, em paralelo, promover uma síntese do estado atual dos conhecimentos, incorporando os dados preliminares aufe-ridos através da implementação de um Projeto de Investigação Plurianual em Arqueologia. O sítio em análise localiza -se na margem esquerda do rio Leça, actualmente assoreado, mas cujas boas condições de navegabilidade são atesta-das pelo menos até à época medieval. Perscrutado desde o século XIX, há mui-to lhe é reconhecido potencial de estudo, nomeadamente para a compreensão da Idade do Ferro e período romano no contexto regional em que se insere. Em 2016, e já no quadro do Projeto GUIFARQ, voltou a ser alvo de campanhas de escavação, sendo que os primeiros resultados reiteram os indícios de persis-tência da ocupação até à Antiguidade Tardia.
O projeto do Castelo de Crestuma (2010-2015) revelou um complexo arqueológico de longa diacronia, entre a Proto-história e a Idade Média, com maior pujança de vestígios no período tardo-antigo. Da responsabilidade do Gabinete de História, Arqueologia e Património de Vila Nova de Gaia (ASCR – Confraria Queirosiana) o projeto teve financiamento do Parque Biológico de Gaia, empresa municipal. Concluída esta fase ensaia-se a análise dos resulta-dos científicos, mas também o balanço da sua execução e gestão, em termos de impactes e discutindo a interação com a comunidade, os decisores locais e outros intervenientes. Lançam- se pistas para o que poderá ser o desenvolvi-mento da investigação, passando pela valorização do sítio arqueológico e pela criação de novas dinâmicas de animação cultural em diálogo com uma reno-vada agenda de pesquisa.
Tendo em atenção a importância marcante do sitio de São Salvador do Mundo para o estudo da ocupação humana na bacia do Douro e mais particu-larmente no concelho de São João da Pesqueira, não deve ser descurada a sua abordagem por parte de diversos investigadores surgindo a oportunidade de abrir este sítio ao mundo cientifico na esperança de despertar um maior in-teresse pela comunidade arqueológica bem como alertar o poder local para a sua importância. Localizado junto ao Rio Douro este sítio revela -se como um marco no território, com uma impressionante ocupação desde a pré -história recente. O poster que apresentamos pretende revelar os principais vestígios aí existentes bem como uma pequena resenha pelo seu “estado da arte”.
Este artigo pretende apresentar alguns resultados preliminares de dois projectos de investigação que analisam o papel da antiga Myrtilis durante a Idade do Ferro e os primeiros séculos de ocupação romana, enquanto impor-tante porto no contexto do tráfego comercial do Mediterrâneo e do Atlântico, e como um oppidum central no âmbito do povoamento humano ao longo do Guadiana. Os resultados apresentados são um ponto de partida para futuras investigações sobre Mértola e o seu território, graças ao estudo dos materiais identificados durante as escavações arqueológicas na área de expansão da Bi-blioteca Municipal de Mértola.
Com o presente artigo iniciaremos um estudo de carácter desenvolvido sobre a presença romana no atual território do concelho da Amadora. Analisa-remos os sítios conhecidos e escavados nas últimas décadas, e os fragmentos arqueológicos deles provenientes, em busca de respostas: Quando chegaram os contingentes romanos? Como ocorreu a sua instalação? Que tipo de povoa-mento existiu? Como exploraram o território?
O enorme crescimento demográfico do concelho de Loures a partir da década de 60, tornou -o num dos concelhos periféricos de Lisboa mais densa-mente urbanizados. Contudo devido à ausência de um ordenamento do terri-tório esta rápida expansão traduziu -se na construção de bairros de génese ile-gal, cuja construção negligenciou a existência de sítios arqueológicos. Assim sendo, este trabalho apresenta um ponto da situação do património arqueoló-gico do concelho de Loures, e de que forma a actividade humana e o crescimen-to de áreas edificadas afectaram o património arqueológico da região.
Iniciados os trabalhos arqueológicos em 1998, pela então ARCHAIS – As-sociação de Arqueologia e Defesa do Património da Madeira, as investigações têm despoletado estudos de história local, de âmbito associativo e académico, permitindo conhecer a realidade da vida social e económico da primeira locali-dade da Madeira, povoada no século XV. Os estudos da cerâmica portuguesa e das produções oláricas locais, têm sido uma das componentes mais relevantes da última década.